Montanhas Norueguesas

As montanhas norueguesas eram como os campos: Verdejantes no verão, e pálidas no inverno. Eram também locais de adoração aos deuses, principalmente os que se referiam a coisas da natureza, como Thor (trovão), Loki (fogo), Jörd (deusa da terra), Njörd (deus do mar), Mâni (deus da Lua), Sunna (deusa do Sol), e etc.


Por serem lugares de adoração aos deuses, eram sagrados para os nórdicos, e por isso não se visitava as montanhas a qualquer momento.

PRIMAVERA; TEMPO QUENTE.
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Andava pelas montanhas floridas daquela primavera nórdica, um homem muito branco de meia idade. Sua pele estava rosada por conta da luz solar em junção com o vento frio (talvez gelado) que persistia em bater no topo daqueles montes, mesmo em tempo quente.
VegarðR apertava um pouco mais o passo, empunhando sua forte lança. No seu cinto, sua espada na bainha, e seu escudo pesado pendurado em suas costas. Vestia, apesar do treino, uma roupa leve. Apenas vestes do cotidiano de um viking comum, feitas a partir do couro de algum animal caçado por ele mesmo.

Agora correndo, colocava seu braço para trás, dando um impulso, e arremessou sua lança bem forte, para cima, na diagonal. O objeto pegou certeiro numa parte alta de um grosso pinheiro, e ficou "pregada" lá.
Hadnursønn parou embaixo da estranha árvore que crescia numa parte daquela montanha, tentando enxergar onde sua lança tinha chegado. À sua volta, tudo era verde e florido, e seu cão que lhe acompanhava brincava, corria, e pulava na sua perna.

- Ro deg ned, lille venn...
[Acalme-se, amiguinho...]

O guerreiro nórdico começou então a subir a árvore, em busca da sua lança. Esse pequeno "treino" era parte de um grande para, óbviamente, melhorar suas habilidade com arremesso da lança. Ele conseguia arremessá-la cada vez mais alto.
Essa árvore já estava cheia de furos, visto que ele treinava frequentemente com ela, por ser grande o suficiente para acompanhar as alturas que sua lança chegava.
Subindo cada vez mais alto pelos galhos, o seu cão (que parecia ser uma vertente mais antiga da raça Samoiedskaïa Sabaka), ficava latindo lá embaixo, e tentando enxergar seu dono.

... for den atmosfæren...

Apesar da idade, o homem ainda estava BEM em forma, o que não era tão incomum para homens guerreiros como ele. Ele subia a árvore muito rápido, sem dar falhas, desviando de galhos fracos para evitar quedas.
Sua roupa fina estava um pouco suada, assim como um pingente que levava pendurado no pescoço, da runa Othala.

A runa significava a sua pátria, sua cultura, sua raça, sua família, seu sangue, sua honra. Também era associada a Odin, que era seu deus "preferido", junto com Tyr e Baldr.
Sem se cansar, alcançou sua lança. Apoiado em um galho com uma das pernas, e segurando em outro com sua mão esquerda, forçou a lança para trás a fim de arrancá-la do tronco daquele pinheiro (tinha entrado numa profundidade considerável).

Desceu mais rápido ainda. Ao chegar em uma certa altura, simplesmente abandonou o galho e pulou diretamente para o chão, caindo de pé, amortecendo a queda, dobrando seus joelhos, com sua lança em mão.
Seu cachorro continuava a pular e latir, demonstrando algum tipo de brincadeira ou satisfação.

Agora, saía para a sua aldeia, cantarolando uma canção do Hávamál, uma coleção de poemas ditos serem compostos pelo próprio Odin.

Elds er þörf
þeims inn er kominn
ok á kné kalinn
matar ok váða
es manni þörf
þeims hefir um fjall farit...

(Há necessidade de calor
para aqueles que vêm
com os joelhos frios.
Há a necessidade de alimentos e roupas
para o homem
que viajou na encosta da montanha...)